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20 de fevereiro de 2011

Balada Santa

Dj Angelus e seu fotografo.
Pense numa noite abençoada...

18 de outubro de 2010

Serra: escola ruim é culpa dos “migrantes”

publicada segunda-feira, 11/10/2010 às 02:50 e atualizada segunda-feira, 11/10/2010 às 02:09

Eu, Marco Damasio, ainda trabalhava na Globo, em 2006, quando Chico Pinheiro e Carla Vilhena fizeram uma bela entrevista no SPTV 1 (noticiário local que vai ao ar na hora do almoço) com José Serra – então, candidato a governador pelo PSDB. Entrevista dura, com perguntas firmes, mas respeitosas. E agiram assim, igualmente, com todos os candidatos a governador.
No meio da entrevista, Serra deixou escapar uma frase curiosa: culpou os “migrantes” pela falta de qualidade da escola paulista. Um tremendo ato falho. A elite paulista – e parte dos tucanos – nutre preconceito pelos nordestinos.
A entrevista pode ser vista no youtube. O trecho sobre os “migrantes” está aos 5 minutos e 45 segundos.
O povo simples do Nordeste, e os nordestinos que vivem em todo o país, merecem saber disso, merecem assistir essa entrevista.
É preciso entender o que é hoje o núcleo duro do PSDB (que já não guarda relação com o ideário generoso – ainda que moderado – de Covas, Montoro e outros): é um partido voltado e dominado pela elite paulista.
PSDB é São Paulo. PSDB é a elite de São Paulo que não gosta de nordestino.
E o Serra, na entrevista de 2006, revela isso.
No dia da eleição mesmo, último 3 de outubro, minha irmã recebeu mensagem de uma conhecida (filha da classe média paulistana), que dizia o seguinte: “Pena que Tiririca não ofereceu passagem para os eleitores dele voltarem ao estados de origem. Seria um milhão a menos de ‘pessoas’ em São Paulo”.
Esse é o pensamento de boa parte dos eleitores do PSDB em São Paulo. Se pudessem, mandariam os nordestinos de volta.
Você não precisa gostar da Dilma ou do PT para votar contra Serra no segundo turno. Basta compreender que tipo de interesse Serra representa.
Voltando à entrevista de 2006, lembro bem: Serra saiu do estúdio da Globo furioso. Talvez por isso, pouco tempo depois, numa outra entrevista que iria ao ar no SP-TV 2 (edição da noite), o jornalista Carlos Tramontina recebeu ordens expressas do Rio de Janeiro, para cortar as perguntas duras. Aliás, recebeu do Rio exatamente as perguntas que deveriam ser feitas. A equipe do jornal ficou muito chateada, lembro bem. Porque até ali todas as entrevistas tinham sido feitas com liberdade – como aquela do Chico e Carla Vilhena.

5 de outubro de 2010

Segundo turno

Pois é
Pois é,
O pior é que
teremos de voltar as urnas
no dia 31/10
para decidir o cargo presidencial

Serra X Dilma




2 de outubro de 2010

Eleições 2010

Não sei se alguém lembra das aulas de história, eu se pelo menos já pesquisou sobre a DITADURA MILITAR, mas leia o texto a seguir é a resposta de DILMA a um senador que lhe perguntou sobre as mentiras antes por ela contadas:

"O processo de ditadura militar no país que começa em 64, se aprofunda em 68 e atinge o seu auge em 70, quando se tortura e se mata indiscriminadamente no Brasil, ele é completamente diferente do processo de transição democrática. Esse momento, que vai se dar nos 80 é diferente do que aconteceu ao longo dos anos 70.

O que acontece ao longo dos anos 70 não é uma ditadura policialesca simplesmente. É a impossibilidade de se dizer a verdade em qualquer circunstância. Por que? Porque o direito à livre expressão estava enterrado. Não se dialoga, não é possível supor que se dialogue com o pau-de-arara, o choque elétrico e a morte. Não há este diálogo!

[...]

Eleições 2010

[...]

E é isso que é importante hoje na democracia brasileira. Qualquer comparação entre a ditadura militar e a democracia brasileira só pode partir de quem não dá valor à democracia brasileira. Eu tinha 19 anos, eu fiquei 3 anos na cadeia e eu fui barbaramente torturada, senador! E qualquer pessoa que ousar dizer a verdade para interrogadores compromete a vida de seus iguais. Entrega pessoas para serem mortas.

E isso, senador, faz parte e integra a minha biografia, que eu tenho imenso orgulho. E eu não estou falando de heróis. Feliz do povo que não tem heróis deste tipo, senador. Porque aguentar tortura é algo dificílimo. Porque todos nós somos muito frágeis, todos nós. Nós somos humanos, nós temos dor. E a sedução, a tentação de falar o que ocorreu e dizer a verdade é muito grande, senador. A dor é insuportável! O senhor não imagina quanto é insuportável!

Então eu me orgulho de ter mentido! Eu me orgulho imensamente de ter mentido! Porque eu salvei companheiros da mesma tortura e da morte. Não tenho nenhum compromisso com a ditadura em termo de dizer a verdade. Eu estava num campo, eles estavam no outro. O que estava em questão era a minha vida e a de meus companheiros.

[...]

Eleições 2010

[...]

E este país, que transitou por tudo isso que transitou, e construiu a democracia que permite que hoje eu esteja aqui, que permite que eu fale com os senhores, não tem a menor similaridade. Este diálogo aqui é o diálogo democrático. A oposição pode me fazer perguntas, eu vou poder responder. Nós estamos em igualdade de condições humanas, materiais, nós não estamos em um diálogo entre o meu pescoço e a forca, senador. Eu estou aqui em um diálogo democrático, civilizado, e por isso eu acredito e respeito esse momento.

Por isso, todas as vezes... eu já vim aqui nessa comissão antes... então eu começo a minha fala dizendo isso. Porque isso é algo que é o resgate neste processo que ocorreu no Brasil. Vou repetir mais uma vez: Não há verdade, não há espaço para a verdade... é isso que mata na ditadura, é que não há espaço para a verdade, não há espaço para a vida, senador.
Porque algumas verdades, até as mais banais podem conduzir à morte. É só errarem a mão no seu interrogatório. E eu acredito, senador, que nós estávamos em momentos diversos da nossa vida em 70. Eu asseguro isso. Eu tinha entre 19 e 21 anos e de fato eu combati a ditadura militar... e disso eu tenho imenso orgulho!"

[...]

Eleições 2010

Igual à Dilma, outros políticos que figuram no cenário brasileiro também tiveram problemas com a Ditadura, ou por lutar contra a mesma - na época a grande maioria era jovem e fazia parte dos movimentos de esquerda -, ou por apenas terem idéias consideradas subversivas. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, teve que fugir para o Chile. O atual candidato à presidência pelo PSBD, José Serra, idem! Leonel Brizola, seguramente o maior nome da esquerda na época do Golpe, teve que fugir para o Uruguai o mais rápido possível, pois corria risco de morte!
Isso sem contar os artistas, professores, pensadores de esquerda, padres que não concordavam com o apoio da Igreja Católica à Ditadura... enfim, muita gente.